
A combinação das terapias coadjuvantes vem sendo muito empregada nos últimos anos. No presente estudo o relato de caso apresentando foi de um canino com deformidade flexural em ambos os membros torácicos com locomoção apoiada sobre o carpo dorsalmente, os quais apresentavam calos de apoio.
No exame de imagem foi possível observar subluxação radio cárpica e carpo metacárpica e aumento de volume com radiopacidade em tecidos moles bilateralmente. Foi realizado a fisioterapia para diminuir a contratura articular e os tendões flexores cárpicos, assim reduzindo a contratura muscular e melhorando o realinhamento postural.
O protocolo realizado foi o uso da laserterapia, ultrassom terapêutico e cinesioterapia com total de 36 sessões com intervalo de 48 horas (SALBERGO, et al; 2020). O laser foi utilizado na dose de 5J/cm² com aplicação pontual; o ultrassom foi aplicado em modo contínuo com frequência de 3 MHz e com intensidade de 0,3 W/cm² durante 3 minutos em movimentos oscilatórios; e a cinesioterapia foram estabelecidos exercícios proprioceptivos de extensão da articulação radio cárpica com 10 ciclos em cada membro torácico. Ao final de cada sessão, foi realizado uma bandagem ortopédica do tipo Robert-Jones modificada adaptada da região distal do rádio até o distal do carpo (SALBERGO, et al; 2020).
Salbergo, et al; 2020 diz que, na terceira sessão do tratamento foi observado uma evolução do caso, o paciente começou a se apoiar com os membros no solo, apesar do posicionamento ainda não ser o adequado e com o passar das sessões, notou-se uma evolução. Entre a 12º e 18º sessão, iniciou-se o realinhamento postural dos membros e sustentação do peso, e na 36º sessão o animal já apresentava postura adequada.
Dessa forma, é possível observar que a laserterapia foi eficaz para o estabelecimento da postura correta das articulações dos membros torácicos e na resolução dos calos de apoio; o ultrassom terapêutico contribuiu para resolução da contratura muscular e articular; a cinesioterapia auxiliou no ganho de amplitude dos movimentos e na prevenção aos danos articulares gerados pelo desuso; e a bandagem auxiliou na manutenção do posicionamento ortostático da articulação, evitando lesões secundárias (VICENTE; HUMMEL, 2019). Portanto, conclui-se que estas terapias fisioterapêuticas foram eficazes e seguras para o paciente.