Os porquinhos da Índia são animais de estimação cada vez mais populares, e, como tal, precisam de cuidados veterinários adequados quando doentes. Este artigo relata um caso clínico em que um porquinho da Índia macho foi diagnosticado com uma infecção por Enterobacter sp na bolsa escrotal. O tratamento envolveu procedimento cirúrgico, antibioticoterapia e fototerapia, com excelentes resultados.
O caso clínico
Um porquinho da Índia macho de um ano de idade apresentou sinais de anorexia, prostração, estrangúria e aumento da bolsa escrotal com sinais de inflamação. Foi diagnosticada uma infecção por Enterobacter sp na bolsa escrotal, o que levou à necessidade de procedimento cirúrgico para remoção do abscesso e castração do animal.
Tratamento
Durante o procedimento cirúrgico, a fototerapia com luz azul 460nm foi utilizada para diminuir a carga bacteriana e fúngica do tecido com infecção. Após a cirurgia, a luz vermelha 660nm e a luz infravermelha 808nm foram usadas para diminuir a inflamação local, diminuir o edema, melhorar a ação da medicação sistêmica e atuar na analgesia do paciente. Foi indicada a realização de pelo menos 10 sessões pós-cirúrgicas, além da medicação analgésica Meloxican 0,5 mg/kg e antibioticoterapia com enrofloxacina 10mg/kg.
Resultados
A utilização da fototerapia como tratamento coadjuvante demonstrou-se eficiente, com evolução significativa já nos 10 primeiros dias de tratamento, sendo considerado totalmente recuperado no 21º dia. O animal apresentou-se sem edema local, com fezes e urinas normais, ativo e alimentando-se bem, além da ferida cirúrgica totalmente cicatrizada.
Conclusão
A utilização da fototerapia transcirúrgica e pós-cirúrgica como tratamento coadjuvante de infecção por Enterobacter sp na bolsa escrotal de Cavia porcellus é um recurso eficaz, que pode diminuir o tempo de tratamento, o estresse do animal e a necessidade de uso de fármacos antibióticos, analgésicos e antinflamatórios. A medicina integrativa, que une diferentes terapias para tratar o paciente de forma mais completa e individualizada, vem se desenvolvendo na medicina veterinária, oferecendo novas opções de tratamento aos pacientes.
Leia o artigo na íntegra: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/44926/33651
