Um cão macho, com 11 anos, da raça beagle foi encaminhado para sessões de fisioterapia após realização de ressecção da cabeça e do colo do fêmur direito, realizada com o objetivo de amenizar os sinais clínicos de Doença Articular Degenerativa (DAD) secundária à Displasia Coxofemoral (DCF)”.
Foi realizada uma cirurgia da articulação coxofemoral direita e, cinco dias depois, uma anamnese. A partir dela, constatou-se que o cão estava cima do peso, viveu em ambiente com piso liso durante toda sua vida e não apoiava o membro operado, iniciando-se o protocolo fisioterápico no mesmo dia.
Utilizou-se laserterapia a 10Hz (Hertz) em 1J (Jaule) em três pontos da articulação coxofemoral com o objetivo de reduzir o desconforto álgico e a inflamação pós-operatória. O protocolo de fisioterapia foi mantido com a frequência de duas vezes por semana, com os mesmos parâmetros, acrescido de exercícios de mobilização passiva da articulação coxofemoral.
Resultados
Após a décima segunda sessão, o paciente apoiou o membro em solo pela primeira vez durante o exercício de obstáculos com cavalete. Após um mês e meio, retornou ao consultório devido à volta do quadro álgico, com redução da força de apoio no membro operado. O cão havia ganhado peso e, quando questionado, o tutor relatou que não estava realizando as caminhadas prescritas.
Iniciou-se então um novo protocolo com laser IIIb, TENS e campo magnético, além de exercícios na prancha, durante 6 meses, até o óbito do paciente por causas não relacionadas ao conteúdo do relato.
Ao final do estudo, pôde-se compreender que a laserterapia é eficaz na reabilitação da biomecânica articular, redução da dor, cicatrização e remodelamento ósseo, acelerando o processo de recuperação pós-operatório, mesmo em animais idosos e acima do peso.
Confira o artigo na íntegra: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25588/1/RMC21122022-MV379.pdf